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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"Oi, tudo bem?", "Tudo bem, e você?", "Tudo bem"

Quantas vezes por dia você ouve essa pergunta e responde desse modo. Automaticamente vem a pergunta quando se vai cumprimentar alguém, e a resposta do mesmo modo. Quantas vezes você perguntou ou respondeu HONESTAMENTE.

Diante de uma pergunta tão importante, pelo sim ou pelo não, dificilmente temos coragem de sermos honestos. Pensamos que o outro não está realmente interessado em saber como estou, perguntou apenas por educação ou automatismo; perguntamos esperando que o outro não responda realmente como está indo, serve apenas uma resposta padrão, sem significado, tal qual a pergunta feita.

Então, por que perguntar ou responder? Não bastaria, para o cumprimento, apenas um "oi"? De verdade, para que serve esse complemento, se não há genuino interesse em saber ou contar? Sinceramente, eu não sei. Sinceramente, é difícil quebrar o automatismo. Tenho tentado, mas não é sempre que consigo perguntar ou responder com sinceridade. Experimente, por um dia, perguntar e responder as coisas com real honestidade. Veja como é ser honesto até numa simples e corriqueira perguntinha de boas vindas.

O automatismo é o que nos rouba a vida. Os hábitos têm até sua serventia, mas não pode dominar a vida. Se eles é que mandam, a vida passa e a gente nem vê, simplesmente porque não estávamos prestando atenção. Para que prestar atenção se o hábito, a ação automática, serve exatamente para não precisarmos dar atenção a alguma coisa que fazemos. Nos acostumamos a não prestar atenção e a vida passa. E coisas perdem o sentido, e com elas a vida. Qual o sentido de "como vai você?" se não o de estreitar relacionamentos?

Eis outra coisa que perde o sentido, pela inversão de valores: pessoas são mais importante que coisa ou menos importante?

Prefiro me esforçar e ser mais honesto nessas coisas simples e fundamentais, indo um dia de cada vez, procurando valorizar o que é mais importante.

E você, o que pensa sobre isso?

2 comentários:

Unknown disse...

Realmente,na maioria das vezes ligamos o piloto automático. Outro dia tive uma experiência interessante, ao perguntar à uma funcionário onde trabalho se estava tudo bem ele me disse: Não - perdi meu marido. E começou a falar como tudo havia acontecido. É bom estarmos preparados para ouvir as respostas das pessoas.
Desliguemos o piloto automático.

ettore riter disse...

Um filme ("Click") ilustra de modo bem contundente esse fenômeno "piloto-automático". É um bom filme, boa histórias e boas reflexões para se fazer. E penso que desligar totalmente talvez nem seja possível, mas reduzir aos poucos e ir ao máximo que se aguentar é uma boa meta. Essa é uma das minhas metas para 2009. Junte-se a mim, vamos tentar ser mais humanos...