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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Respeitável público...

Respeito e aceitação do outro é uma relação curiosa. Sem permitir que o outro exista não se pode respeitar a pessoa e o que é dela e o que vem dela. Diversas formas de destratar os semelhantes, tidos como desemelhantes, fazem eco na desumanidade que vivemos nesses nossos tempos, embora haja uma busca enlouquecida pelo sentir-se humano, via obtenção de prazer imediato e intenso. A identidade com o que é humano é tão frágil quanto é rígida; um decalque sobre o ego, sobre a mente, sobre o coração.
Respeito não tem gênero, número ou grau. Ele vem de aceitar o outro e a si mesmo.
Desvalorizar 'a riqueza do ser' em detrimento 'a pobreza do ter' faz com que amemos as coisas e usemos as pessoas. NÃO! Amem as pessoas, usem as coisas, assim você poderá ser amado! Quantos reclamam da solidão, das faltas afetivas, das perdas humanas... Pergunto-me se realmente estão amando o outro ou só estão usando-o para 'tentar' amar a si mesmo. Gentileza gera gentileza, amor gera amor.
Infelizmente nada garante que não tentem usar você para os mais diversos fins. 'Eita mundo lascado...' Mas faça a sua parte e o retorno do seu amor dispensado é certo.
Aceitar o outro é mais fácil que aceitar a si mesmo. Mas depois que se inicia esse processo de aceitar sua própria humanidade, com suas qualidade e insanidades, fica mais fácil aceitar o outro, viver na serenidade e ter condições para mudar o que realmente for necessário. Mas tudo começa com o primordial 'aceitar-se'.
Nenhuma relação inter-pessoal ou intra-pessoal chega a ser pessoal/humana sem a tal aceitação. Será um protótipo de relacionamento, impessoal, desumano, usual, convencional, pobre, frio, insosso .
Um real relacionamento, saudável e 'frutífero' não pode existir prescindindo da existência do outro.

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